O papa...

Como drama televisivo, os ultimos momentos de vida do papa João Paulo II foram uma verdadeira obra de um qualquer argumentista. Quase um dequalque do calvário, acabando por servir assim à igreja católica romana, e as suas obras de fé como um espécie de grande quadro vivo.
Claro está, que entre a ficção e a realidade nenhum de nós irá saber a verdade... a máquina católica, escudada num misto de misticismo e tradição milenar encarregará-se de ocultar os pormenores da agonia daquele homem, em detrimento do fresco religioso que parece emoldurar todos os seus eleitos de fé. Seguirão-se os funerais e os conclaves ( "das riquezas da fé e do inventário do vaticano") e, até ao "habemmus Papum", mais nenhum problema, mais nenhuma religião e mais nenhuma realidade, se sobreporá à realidade alternativa que a fé católica nos oferece.... pelo menos nestes dias...

Karol, nome de homem engolido pela máquina. Que finalmente tenhas descanso....