Uns tem, outros não...

A pérola informativa do dia, é sem dúvida a noticia que dá conta que alguns bancos da nossa praça ( ainda não identificados, na noticia em questão) se recusaram a abrir conta a desempregados. Tal notícia infelizmente não soa a surreal pois desde sempre estivemos sensibilizados( e avisados) para a falta de sensibilidade dos bancos nacionais.
Mas não tenhamos ilusões, pois num tempo onde até os telemóveis já não são indicadores de status social ( nem os carros , nem as semanas de férias "abroad") alguma coisa tinha de distingir aqueles cuja posição ainda não foi beliscada pela situação.
No meio disto tudo apraz-me registar que pelo andar da carruagem os bancos só terão daqui a algum tempo como clientes os próprios funcionários com mais de 40 anos (pois todos os outros estarão no precário e conveniente estatuto de colaboradores não fixos), os emigrantes com excesso de poupanças, os transportadores de droga de alta velocidade em barcos de borracha e os funcionários públicos que ainda não tenham sido considerados "não-upgradables".
É claro que os passarões bancários... não estão preocupados, pois conseguimos ser talvez o unico pais onde o negócio da venda de dinheiro não está relacionado com a restante economia... economistas de todo o mundo, uni-vós...