quinta-feira, dezembro 07, 2006

Seixal Paradise Resort

Acabei de saber mais uma do poder autárquico vermelho que regula o tacho cá do burgo. A aposta, como agora se diz é o turismo... deve ser influência do camarada que fugiu (ou foi transladado...) para a comissão de turismo da Costa Azul.
Adiante... parece que o nosso camarada mandante descobriu que o futuro está cheio de oportunidades na " área do lazer ", é que afinal o "Seixal possui um elevado potencial turístico". É claro que não está a falar do mesmo Seixal que eu habito senão vejamos:

Com uma das mais elevadas de expansão demográfica deste país, este concelho não se afigura à maioria dos seus habitantes como destino turístico interno, nem sequer como destino opcional dos mesmos, como qualquer censo pode facilmente verificar.

Quanto a sinais de qualidade de vida, atentemos na famosa marginal ribeirinha, essa via de saúde inserida entre um rio poluído e uma estrada das mais movimentadas do concelho e onde: fatos de treino, gorduras, leitores de mp3, velhinhas e bicicletas convivem saudavelmente com níveis de ruído elevado e gases de escape de carros numa mistura um tanto apocalíptica e terceiro mundista.

A baía do Seixal, futuro atracadouro de iates de vários metros donde sairão garbosas beldades forradas em artigos de luxo (um pouco Vilamoura ao pé de Lisboa) é um afluente do Tejo bastante poluído e cujas águas permanecem ainda um perigo para a saúde publica. Tudo isto também resultado do desinvestimento que a autarquia tem feito em ETARs e outros equipamentos.

Por estas e por outras, aproveite compre uma casa no Seixal ( particularmente nas zonas in de Santa Marta de Corroios, na futura Quinta da Trindade, na Quinta do Outeiro (Seixal Baía) ou em toda a zona alta da Arrentela, locais de eleição de um local paradisíaco.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Portugal, terra de bestas e burros

Saiu no dia 4 de Dezembro, a seguinte pérola jornalística no DN, e confirma se ainda isso houvesse necessidade, a triste realidade que significa ser jovem hoje. De facto, a geração sub-30 enfrenta hoje em dia a total modificação de estilos de vida em todas as suas dimensões: Já não adianta estudar para fugir às condições de vida com que nasceram; A precariedade de emprego é uma constante durante toda a vida, e não mais o processo que se passava entre a saída da escola e o ingressar definitivo no mundo do trabalho.
Outra conclusão ainda é mais demolidora... ainda mais num pais que acreditava no pós 25 de Abril na extrema necessidade de investir na educação como forma de desenvolvimento. Pois bem, as más notícias estão ai: é mais fácil arranjar trabalho com poucas ou nenhumas habilitações do que possuindo uma licenciatura. Tal cenário constitui um fenómeno exclusivo de Portugal, ao que parece as cabeças decisoras do nosso tecido empresarial acham mais fácil e útil para as suas organizações apostarem numa mais barata mão de obra, do que fazer como todos os restantes habitantes deste planeta (e em especial dos habitantes que habitam no mundo desenvolvido) que apostam sempre na qualificação como motor de qualquer desenvolvimento sustentado.

Desisto !; perdi as esperanças. Ao nosso pais resta somente um futuro: Servir de resort aos turistas e continuar a fabricar sapatos e roupa barata.

Quero fugir de Portugal